Eu não quero perder a tua amizade, disseste tu. 

Eu concordei, já que não podia ter o teu amor, ainda me restava a tua amizade.

Para me provar que ias alimentar a nossa amizade convidaste-me, um dia, para ir até a praia ou final da tarde.

As toalhas que normalmente se encostavam o máximo para ficarmos juntinhos, desta vez estavam separadas, doeu ver-te deitado ao meu lado a olhar para mim, a falar para mim, sem poder tocar-te.

Talvez a água fresca do mar me ajudasse a voltar a realidade. Mas logo tu chegaste e me abraçaste e me pediste um abraço forte ao qual eu não resisti. A tua boca tratava-me como amiga, dizia coisas banais, mas o teu corpo traia-te. Será que os beijos trocados também foram só de amizade?

As horas passaram, e o sol escondeu-se, levando com ele o calor e dando lugar a uma noite fresca de verão. Decidimos ir embora.

Quando parei em frente a porta de tua casa, tu pediste para eu ficar contigo. Como amigos. insistias.

Porque é que não te consegui resistir?

Tomei banho com o teu gel duche que deixou em mim o cheiro do teu corpo. Jantamos e fomos ver um filme para a sala.

Cuidaste de mim como se não fossemos amigos, a única diferença é que em vez de uma sombra na parede da sala, desenhavam-se duas bem distintas , uma em cada ponta do sofá.

Já passaram alguns dias e eu continuo ansiosa para que me mostre mais uma vez que podemos ser amigos!

Este Guest book foi para a Silvia.

Se o dia do casamento, é por si só, um dia incesquecivel (é o que dizem), então espero ter contribuido.

Com o passar dos anos, sempre que a S. abrir este guest book, poderá ler e reler as mensagens que os seus convidados lhe deixaram nesse dia tão especial!