Ontem alguém teimou comigo que o meu nariz não era assim tão grande como eu digo sempre que é (o meu nariz é grande... se tivesse de recorrer à plástica seria por causa do meu nariz) e depois essa pessoa perguntou-me se eu era muito mentirosa.

- Mentirosa eu? Achas que tenho cara de mentirosa?

- Pois eu quando era pequenito era muito mentiroso por isso é que tenho um nariz tão grande! Afirmou esse jovem.

Quando ele falou na sua infância logo me veio à cabeça a minha. Para ser sincera quando era pequenota era bastante mentirosa mas o pior é que levava a mentira até às ultimas consequências.

Um dia, anda eu na escola primária, a professora mandou uns trabalhos para casa e eu não os fiz (eu raramente fazia os TPC's ), quando no dia seguinte chego a escola a professora veio pedir para eu lhe mostrar os meus trabalhos, muito calmamente retiro o meu caderno diário da mochila e abro-o na ultima página escrita. Pois claro que não estavam feitos, eles não se iam fazer sozinhos.

- E então não fizestes os teus trabalhos de casa?

- Fiz!

- Onde estão eles?

- No outro caderno que terminou e eu esqueci-me desse caderno em casa.

- Não digas mentiras, mais vale dizeres que não fizeste os trabalhos de casa.

- Mas eu fiz, só que ficaram em casa.

A professora foi esperta, mandou-me ir buscar o caderno a casa com a auxiliar.

Pelo caminho a auxiliar continuava a dizer que era melhor eu dizer a verdade e eu sempre a teimar que os tinha feito no outro caderno.

Chegamos finalmente a minha casa e o outro caderno obviamente que não existia.

Como é que esta história terminou?

Muito simples:

• apanhei umas palmadas nas mãozitas dadas pela minha madrinha única vez que ela me bateu);
• a professora deu-me um castigo: copiar 200 vezes no caderno "nunca mais minto
  à professora";
• e ainda apanhei umas réguadas nas palmas das mãos (umas 10 se bem me recordo).

E pensando melhor, este nariz, também deve fazer parte do castigo!